quarta-feira, 22 de abril de 2009

Dia 22 de abril - Dia da Terra


O dia 22 de Abril marca a luta pelo meio ambiente, um pouco por todo o mundo. Milhões de pessoas manifestam-se de modo a chamar a atenção dos governantes para os problemas que afectam o nosso planeta, nomeadamente o aquecimento global e a poluição. O Dia da Terra foi instituído em 1970 pelo Senador norte-americano Gaylord Nelson, que convocou o primeiro protesto a nível nacional contra a poluição. A partir de 1990 a data internacionalizou-se, ao mobilizar 200 milhões de pessoas em 141 países. Até à data, o Dia da Terra 2007 foi o maior até agora, com cerca de mil milhões de participantes em locais tão distintos como a Ucrânia, a Venezuela, as Filipinas, Espanha, e os Estados Unidos.



Em 1994, a Agência Internacional de Energia (AIE) traçava um cenário preocupante para o futuro. O consumo mundial de energia primária aumentaria 48 por cento até 2010, em relação a 1991. E os combustíveis fósseis continuariam a reinar como fonte principal do bem-estar humano. Como consequência, as emissões de dióxido de carbono – o vilão do aquecimento global – subiriam 50 por cento.
O futuro de que então se falava já é hoje. No balanço mais recente da AIE, publicado no ano passado, um dado até parece positivo: o consumo não subiu tanto assim, registando 34 por cento de aumento entre 1990 e 2006. Mas, de resto, estamos hoje tão insustentáveis como no princípio da década de 1990. A contribuição dos combustíveis fósseis – petróleo, carvão e gás natural – está rigorosamente na mesma: 81 por cento do consumo energético global. E as chamadas “novas renováveis” – como os parques eólicos e os painéis solares – pesam menos de um por cento do total.
Pela tendência actual, alerta a AIE, a atmosfera terá no futuro uma tal concentração de gases com efeito de estufa que a temperatura da Terra poderá, teoricamente, aumentar em 6 graus Celsius.
Para o problema das alterações climáticas, 2009 não é um ano qualquer. Em Dezembro, a comunidade internacional vai reunir-se em Copenhaga para discutir um caminho mais firme para conter a escalada das emissões de gases com efeito de estufa. Por agora, o mundo agarra-se ao Protocolo de Quioto, um tratado de 1997 que obriga os países desenvolvidos a fazerem um esforço, embora insufi ciente, para reduzir as suas emissões até 2012.
O que estará sobre a mesa em Copenhaga é o que fazer depois disso. E como se conseguirão envolver os maiores poluidores do mundo – entre eles países em desenvolvimento, como a China, Índia, Brasil e outros – num esforço realmente efectivo para se abaterem as emissões.
Na história das últimas duas décadas, há animadores casos de sucesso, outros nem tanto. Fica uma certeza: nunca a preocupação com a energia esteve tão disseminada na sociedade como agora.


Abraços Coletivos!
Jéssica


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